domingo, 4 de dezembro de 2011

A revolução do mercado digital no Brasil

O Brasil cada vez mais avançando

Você já deve conhecer os serviços do PontoFrio Digital, Casas Bahia Digital, Steam e o recente Nuuvem. Agora temos outra opção também interessante, que é o Xogo.

A introdução desses serviços digitais caracterizam que os empresários estão confiantes no mercado nacional, um mercado manchado pelo rótulo de consumidor de produtos piratas. Porém é notório a importância que o Brasil exerce no mundo à fora, tanto que as três empresas fabricantes de consoles estão presentes, após um tenebroso inverno.

Independente se são concorrentes entre si (o que é bom para o nós), as empresas que vendem jogos no formato digital estão aí para nos garantir a diversão o mais rápido possível com preços cada vez mais interessantes.

O serviço do Xogo dispõe de jogos de diversas produtoras, como:


Activision
Bethesda
Capcom
Electronic Arts
Namco Bandai
Rockstar
Sega
Square Enix - Eidos
THQ
Ubisoft

Realizei algumas compras e tudo ocorreu bem, podendo inclusive pagar com cartão de crédito parcelando em até 12 vezes!

Ao precisar do atendimento ao cliente, eu fui rapidamente atendido. O que ajuda muito na confiança com a empresa, algo que lembra o ótimo atendimento da Electronic Arts.

Nosso objetivo não é o de criar qualquer atrito, porém como a PontoFrio e as Casas Bahia tratam o serviço digital como apenas "mais um" do seu portifólio, vamos fazer uma analogia superficial entre Nuuvem e Xogo, os dois serviços que realmente levam a sério o mercado de jogos digitais:

Interface:
  • Nuuvem: mais séria, dá ao site uma aparência profissional ao nível dos sites de vendas digitais internacionais, as principais funções estão na página principal;
  • Xogo: bem menos elegante, porém mantém as principais funções à mão, o que o torna bem mais otimizado, inclusive mantendo-o atualizado.
Jogos:
  • Nuuvem: possui uma grande gama de softhouses participantes, porém ainda poucos jogos disponíveis;
  • Xogo: menos softhouses disponíveis e muito mais jogos à sua disposição.
Forma de Pagamento:
  • Nuuvem: usa o serviço do Pagseguro do UOL, confiável. Às vezes é lento na autorização do pagamento;
  • Xogo: usa o serviço do Pagamento Digital do BuscaPé, também confiável. Às vezes é lento na autorização do pagamento.
Download dos Jogos:
  • Nuuvem: usa gerenciador de download próprio; permite que se faça backup da maioria dos jogos baixados; problemas de que alguns downloads não permitem que você pare e depois continue; problemas com downloads que podem ser forçados a começar tudo novamente, mesmo após completado; por ser serviço próprio, entrega alguns jogos preparados para o mercado brasileiro (com adaptação para a língua nacional);
  • Xogo: libera link para download onde você pode usar o seu gerenciador de downloads preferido; por fornecer os links, você não tem problemas de parar e continuar o download; não há risco de ter que recomeçar o download do início mesmo após a conclusão; por ser um serviço em união com outro internacional, os jogos não estão adaptados para o mercado nacional, então só há suporte a língua nacional se o jogo já o tiver no exterior.
Preços:
  • Nuuvem: preços altamente competitivos, os jogos da SEGA são um destaque à parte;
  • Xogo: também possui preços competitivos, os jogos da EA são mais interessantes comprar aqui do que no próprio serviço Origin da Softhouse.
Promoções:
  • Nuuvem: sempre tem alguma promoção, algumas derrubam os preços de forma agressiva;
  • Xogo: possui um catálogo em promoção muito maior, alguns preços são menores do que hambúrguer.

Quem é melhor? Nenhum dos dois! Ambos possuem características diferentes, com suas próprias qualidades e pedras no caminho a serem dribladas. Então podemos considerar que AMBOS são excelentes opções, não devendo nada aos serviços internacionais!

São exemplos de iniciativa, coragem empreendedora e confiança no mercado nacional.

Dou meus parabéns ao site Xogo que acrescentou mais opções para que nós, amantes de jogos em PC, possamos ter de onde comprar a nossa diversão.

Pena que também não tem em seu cardápio os jogos da Codemasters que até hoje não chegou em nenhum, mas esperamos que o serviço continue a crescer.

O que eu posso dizer é que iniciativas louváveis como essa me fazem cada vez mais ser feliz e confiante com a maturidade do Brasil. Parabéns, Xogo.



domingo, 27 de novembro de 2011

Renegade Ops

Candidato a melhor Arcade Game

Renegade Ops da Avalanche Studios é a mais incrível gratificação em jogo divertidíssimo lançado esse ano.

Entregue no dia 30 de outubro de 2011, o jogo distribuído pela SEGA remete-nos às lembranças da época de ouro dos arcade games, quando íamos às casas de fliperama gastar dinheiro comprando fichas para jogar.

História

Em Renegade Ops o seu objetivo é impedir o terrorista chamado Inferno, um maníaco que quer dominar o mundo. A ONU querendo ceder para ele provoca a ira de um general que forma um grupo chamado Renegade Ops.

Equipado com veículos preparados para detonar tudo, você, sozinho ou acompanhado com até mais 3 amigos, pode sair pelas fases atrapalhando os planos de Inferno.

Gráficos

Tanto no PlayStation 3, Xbox 360 e PCs os gráficos são muito bonitos e bem feitos. Com uma visão superior, o jogo tenta imitar uma HQ viva.

Há muitos efeitos visuais, explosões e cenários variados.

Destaque que para a versão PC o jogo funciona apenas à partir da API DirectX 10, então não é compatível com Windows XP ou GPUs abaixo da GeForce 8xxx ou Radeon HD 2xxx.

Som

Muito justo. Cumpre bem o papel sem exageros. O áudio do jogo é bem característico de jogos arcade.

Diversão

O que dizer de um jogo completo em modo campanha solo? Que tem conquistas, subida de níveis, upgrades e tudo mais? Um jogo que lhe permite jogar com os amigos em tela dividida (mesmo no PC)? Que lhe permite jogar online com até 4 amigos?

É simplesmente um dos jogos mais divertidos dos últimos tempos.

Jogabilidade

Renegade Ops pode confundir um pouco o jogador, mas é necessário o uso dos dois analógicos para que você possa mirar para todos os lados.

Mas o que chama a atenção é que às vezes você quer ir para um lado e fica agarrado ou ao virar cai em um precipício. Talvez o único ponto quase negativo.

Os botões são simples e não causam confusão.

Capturas de telas de Renegade Ops (clique para ampliar):






















Avaliação do Jogo

Gráficos: 9
Som: 8
Jogabilidade: 8
Diversão: 10
História: 8

Nota Final: 8.5 [RECOMENDADO]

Explicando o DRM do Batman Arkhan City

SecuROM outra vez?

Sim. O Batman Arkhan City traz o famigerado SecuROM, o pesadelo de muita gente.

Mas pelo menos ele não é tão chato quanto o Batman Arkhan Asylum que só permite 5 ativações.

O DRM permite que você possa ativar por 10 vezes o jogo no mesmo computador e em 5 máquinas diferentes. Então você poderá ter o jogo no seu notebook e no seu desktop.

Ótima notícia, pois quando você precisar instalar o jogo pela 10ª vez, eu lhe garanto que você nem estará lembrando dele.



Lembrando que o jogo pode ser adquirido tanto no www.nuuvem.com.br e no www.xogo.com.br, que são distribuidoras de jogos no formato digital aqui no Brasil, com a vantagem que a minha cópia adquirida no Nuuvem (http://www.nuuvem.com.br/produto/379-batman-arkham-city) veio devidamente legendada em português do Brasil, o que ajudará ao meu filho jogar.

Candidato a jogo do ano!

sábado, 12 de novembro de 2011

Entrevista com criadores do site Nuuvem

Já comentamos do www.nuuvem.com.br aqui, um site que trouxe novo gás nas vendas de jogos digitais no Brasil.

Agora enviamos 10 perguntas que foram respondidas. Veja o que disseram:

1. Como surgiu a ideia de abrir uma loja para a venda de jogos em formato digital para PC?
O projeto deu início ainda em 2009 quando estava na Direct2Drive e senti a necessidade de criar uma plataforma mais local invés de global. Daí começamos a moldar a Nuuvem.

2. Quais são os impecílios no Brasil que atrapalham iniciativas como a de vocês?
Impostos e taxas, ainda existe uma certa resistência das produtoras lá de fora sobre o mercado e, claro, a elevada taxa de pirataria que vamos ajudar a mudar.

3. Qual a inspiração para o nome "nuuvem"?
Vem de conteúdos ou serviços na cloud ou "nuvem" só que adicionamos um "u" para criar um aspecto único. Além de ser um nome fácil de memorizar e ter relação direta com o que fazemos.

4. Era esperado o apoio da comunidade no nível como foi, seja enviando mensagens via twitter, seja postando em foruns ou blogs?
Esperávamos algum apoio mas a repercussão foi enorme o que é muito legal. Ficou acima das expectativas e esperamos recompensar todo o apoio.

5. Naturalmente o humano é relutante quanto às mudanças e nós temos a VALVe que implementou o Steam quase que como uma religião, tanto que parte das críticas ao Origin (serviço da EA) é que ele justamente não é o Steam. Da mesma forma o Nuuvem sofreu desse preconceito. Qual o trabalho desenvolvido para atrair esse público que tem medo dessa mudança?
Sim, isso é normal. O que precisamos fazer é mostrar o quanto fácil é utilizar e gerenciar a Nuuvem chegando um nível mais simples do que as plataformas atuais. Isso está sendo implementando com games a preços competitivos internacionais e com a criações de novas ferramentas e games que iremos lançar este mês.

Um dos fatores únicos que a Nuuvem irá ter é o nosso foco em trazer games com conteúdo ou localizados exclusivamente em português onde não será encontrado em nenhum outro lugar. Isso é algo que vamos trabalhar bem forte a partir do ano que vem.

Além disso, estaremos apoiando fortemente os desenvolvedores de games brasileiros e vocês vão se surpreender com alguns projetos que iremos divulgar.

6. Quais as novidades que teremos para as próximas semanas? Quais as novas softhouses e principais jogos teremos?
Nas próximas semanas teremos o lançamento do nosso aplicativo social onde podem ver mais informações aqui: http://blog.nuuvem.com.br/2011/09/16/aplicativo-social-nuuvem-in-game/

As novas produtoras que também vão chegar este mês incluem: EA, Activision, Bethesda, Square Enix, THQ e muitas outras.

7. Qual a softhouse que está vendendo mais jogos via Nuuvem até o momento?
A Sega.

8. Quais os cinco jogos mais vendidos até o momento no Nuuvem?
Football Manager 2012, Dead Island, Assassin's Creed Brotherhood, Total War: Shogun 2 e Magicka

9. Acham que a pirataria interfere nas vendas de jogos do Nuuvem ou consideram que o consumidor de produtos piratas não seria de qualquer forma um cliente em potencial?
Muitos ainda não estão informados sobre a Nuuvem ou simplesmente ainda não tiverem o interesse para descobrir pois já estão acostumados por enquanto com esta forma de obter os jogos. Acredito que é uma questão de tempo para conhecerem, se conscientizar e ver as vantagens de ter o game no formato oficial.

10. Existe a intenção de expandir o serviço do Nuuvem para outros equipamentos que não o PC?
Estamos analisando a expansão para Linux e Mac já para o ano que vem ;)


Parabéns à equipe do www.nuuvem.combr pela iniciativa e agradecemos a participação.

Série de processadores FX da AMD

Bulldozer ou Bullshit?

Visão Geral

Antes, os processadores eram conhecidos pelo codinome Bulldozer, mas agora foram renoeados como FX. Fabricado com arquitetura de 32nm.

O processador foi criado para trabalhar em pares de núcleos de CPUs lógicas AMD64, ou seja, se você tem um processador FX com quatro módulos Bulldozer, então você tem 8 núcleos no seu processador com seu controlador de memória integrado.

Como recurso notável, o seu projeto permite muito mais núcleos por chip, compartilhamento de recursos, cache memory e unidade matemática do que o normal. Os módulos Bulldozer podem ser agrupados com mais núcleos em chips pequenos permitindo um incremento na eficiência da unidade matematíca, bem como melhoria em desempenho dos jogos.

Desse modo, você pode ter 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 e 16 núcleos em um único chip.

Aqui você tem 128KB de cache level 1, 16KB/núcleo, linha de dados de 64 bytes, 2MB de cache leve 2 por Bulldozer e, então, 8MB de cache level 3.


 A tabela que representa a capacidade básica da linha de processadores FX é:



Porém agora começamos a ver os pontos fracos do processador, como o consumo de energia que não se mostrou eficiente quando comparado com os processadores da sua rival:





Ou seja, a AMD tem agora em mãos um processador que produz um nível de consumo digno de uma placa de vídeo! Mas será que o desempenho justifica tal consumo? Vejamos:

Benchmarks

Teste de benchmark do SiSoft Sandra:




As imagens estão redimensionadas. Para ver no tamanho normal clique sobre elas.

Note que o desempenho está acima do Core i5 2500K mas abaixo do Core i7 2600K. Em matéria de jogar, se observarmos que esse seria o trunfo do processador FX, temos o benckmark do 3DMark 06:



Novamente, a imagem está redimensionada. Clique para ampliar.

Agora note que o Phenom II X6 1100T, que além de consumir menos energia e ser mais barato, teve desempenho melhor.

Isso nos faz ter que pensar bem antes de investir nos processadores da família FX, mesmo com o chipset 990FX da AMD (onde foram realizados os testes).

Conclusão

Finalizando com a avaliação dos preços de cada um, temos:

  • AMD FX-8150 - 240,00€
  • Intel Core i7 2600K - 245,00€
  • Intel Core i5 2500K - 175,00€
  • AMD Phenom II X6 1100T - 170,00€
Cotei os preços em euro pois foi mais fácil achar várias lojas que vendem os produtos acima referenciados e tirar uma média.

Baseando no preço e nos resultados eu posso dizer que não vale à pena o processador AMD FX-8150, pois seu consumo é exagerado, o desempenho deixou um pouco a desejar e o preço não ajuda.

Se for começar um equipamento novo melhor partir para um Core i7 ou i5, sendo o i7 a melhor opção, lógico. Mas se for usar uma placa-mãe com soquete AM3, fique com o Phenom II X6 1100T ou 1090T mesmo, pois tem menor consumo e ótimo desempenho, além da economia de preço.

Caso opte por uma equipamento FX esteja preparado para dimensionar de forma adequada a sua fonte. Como por exemplo, se antes um computador com Core i7 2600K mais uma Radeon HD 6850 pediria somente 500W de fonte, projete no mínimo 600W para dar assistência ao processador fominha.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Distribuição Digital: prepare-se para o futuro

Gosta das embalagens dos seus jogos? Cuidado.

Existem duas lendas que circulam os mundos dos jogos eletrônicos:

Uma diz que a pirataria é o maior mal para as softhouses e seus lucros são prejudicados, principalmente na plataforma PC.

Outra diz que os jogos usados prejudicam muito mais as softhouses do que os jogos piratas, pois para cada jogo usado trocado ou vendido, a softhouse tem que continuar dando suporte mas não ganha um tostão com a transação.

Bem, discutindo a primeira afirmação, normalmente o consumidor de jogos piratas tem o problema sério de acesso aos jogos. Digo isso pois até por volta de 2009 eu era um desses consumidores, tendo um volume de download enorme de jogos piratas e pouquíssimas aquisições de originais. Hoje já é o contrário, onde não tenho a necessidade de nenhum download pirata, salvo quando não tenho acesso a uma DEMO do jogo e quero conhecer antes de jogar. Desculpe as produtoras, mas o que me resta é recorrer às distribuições Skidrow ou Reloaded dos jogos. Jogo pelo menos a primeira fase ou uns 30 minutos para tirar conclusão do jogo e ver se me interessa ou não.

Hoje tenho uma quantidade enorme de jogos originais que não serei capaz de jogar! Estou já próximo a 200 jogos para PC.

Outro fator é que o consumidor compulsivo de produto pirata não é um consumidor em potencial. Um dia poderá se tornar e todos aqueles jogos que um dia já até terminou, talvez vá querer ter original para poder relembrar bons momentos.

Já a segunda afirmação bate na parte que pessoas que não colecionam jogos não tem motivo para ficar guardando os que já terminaram. Então vendem o usado e partem para aquele lançamento que tanto inrteressa. Polêmicas à parte, eu considero válido esse ciclo de reciclagem dos jogos. Mas as empresas não.

Três soluções foram estão em funcionamento hoje em dia (e às vezes usadas de forma combinadas):

1. Ativação de Key do jogo exclusivamente para uma conta cadastrada e intransferível;
2. Distribuição digital que atrela o jogo somente à conta que o ativa;
3. Passe digital que permite que somente uma conta jogue o modo multiplayer.

Hoje ainda podemos dizer que a distribuição exclusivamente digital não é possível em larga escala, pois vários países possuem acesso limitado à internet (oi, Brasil), mas é evidente que no futuro próximo isso será o padrão e provavelmente não veremos mais jogos expostos na prateleira.

Peter Moore já desclarou a intenção da EA de vender os seus somente em formato digital em até cinco anos, outras empresas já possuem lançamentos que estão sendo distribuídos somente nesse formato e agora a Rockstar anunciou que provavelmente GTA V não terá mídia física.

Isso representa uma mudança de mentalidade não só das softhouses, mas também dos consumidores, pois as empresas não tomariam essa atitude se não fosse lucrativo. A previsão é que já em 2011 as vendas digitais ultrapassassem as vendas em mídia física, com certeza em 2012 já serão maioria.

A comemoração com isso é compreensível: as softhouses estão maximizando os seus lucros, pois não estão arcando com embalagens, manuais, gravação de mídias, transporte e outros custos que envolvem uma distribuição nesse formato.

Por esse motivo vários jogos nunca chegaram a dar à luz no Brasil, mas com a distribuição digital o jogo é lançado no exterior e, imediatamente, está disponível aqui.

Agradará a uns, mas desagrada a outros. Dentre os pontos que desagradam estão o preço salgado. Oras, se o jogo em mídia física custa por volta US$ 49,99 ou US$ 59,99, por qual motivo custaria o mesmo em mídia digital? Você tem bem menos "atravessadores", menos custos a incluir. É, de certa forma, injusto.

Se os jogos distribuídos de forma digital tivessem um preço mais baixo, não poderia atingir um público maior? Não havendo problema de espaço não seria melhor então eu pagar pelo formato físico e ter a embalagem, manual e, às vezes, itens extras para poder exibir?

Distribuir GTA V exclusivamente em formato digital não vai garantir que os piratas joguem no dia do lançamento, mas impedirá que os compradores troquem o jogo por outro, vendam, deem de graça ou façam o que der na mente. O jogo estará sempre na conta online do comprador.

Com isso a Rockstar pretende acabar com o mal que ela considera pior, que é a venda de jogos usados.

Existe uma solução no site www.greenmangaming.com onde você pode vender de volta PARA A LOJA o jogo comprado e eles pagarão barato por ele, mas pelo menos você faz dinheiro e pode reverter para comprar outro jogo na loja.

Agora vem, as softhouses perdem com isso? Não. Pois eles terão certeza que você comprará um jogo novo e ainda por cima se abdicou do direito ao jogo que havia comprado antes. Nenhum outro comprador levou vantagem e comprará aquele jogo que você tinha por um preço mais baixo. Ou seja, ninguém perde (eles muito menos).

Então será essa a melhor solução? Não sei dizer ao certo, mas sei que terei que me acostumar a isso e você também. Existem já vários serviços de distribuição no Brasil que aceitam o seu pagamento em reais, como o http://nuuvem.com.br ou o PontoFrio ditigal (www.pontofrio.com.br), então não há desculpas para ficar de fora.

A loja Nuuvem, por exemplo, está com um incrível jogo, o Virtua Tennis 4 da SEGA por apenas R$ 6,00 hoje.

Bem-vindo à próxima etapa do mercado, estamos esperando só que não venham querer aumentar mais ainda os preços de lançamentos de jogos.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Battlefield 3 - Uma análise de sua tecnologia

Sinta a guerra.

Os bastidores do projeto: Battlefield 3

O mundo entrou em compasso de espera pelo lançamento do Battlefield 3. Em um ambiente onde outro jogo dominou por muito tempo (Call of Duty), finalmente uma empresa arriscou milhões de dólares para por outro no mercado. Mas até que ponto isso realmente justificou e em que nos beneficiou?

Antes de mais nada vamos voltar um pouco no passado e vamos comentar de Battlefield: Bad Company 2. Um jogo que quase ficou legado aos consoles teve o seu lançamento no PC, porém agradou muito mostrando à DICE e à EA uma oportunidade antes não imaginada: dar um salto para a franquia de coadjuvante para principal.

Battlefield: Bad Company 2 extraiu o máximo que os PCs podiam mostrar na época do seu lançamento dada o nível tecnológico existente. O resultado foi brilhante, não só pelos gráficos refinados, mas pelo motor gráfico Frostbite da DICE.

Além de usar algumas instruções compatíveis com o DirectX 11, a engine trazia destruição de construções.

Isso é novidade? Não. Uma outra parceira da EA já havia mostrado o potencial disso em um jogo chamado Black. Esse pontapé inicial foi dado pela Criterion e aperfeiçoado pela DICE.

Mas o que fez Battlefield: Bad Company 2 único e adorado pelos seus fãs é o modo multiplayer. Onde você trabalha em equipe, se envolve verdadeiramente num time, e a sua evolução é mais interessante.

Battlefield 1942 e Battlefield 2 são jogos que nasceram para atender às expectativas dos jogadores de PC e com Battlefield 3 não seria diferente.

Aqui a DICE definiu a ideia de "desenvolver para o equipamento de melhor qualidade e, então, adaptar para os de menor". Essa é uma referência ao poder técnico que os PCs tem em superioridade aos consoles, óbvio. Mas explicando: a DICE iria retirar o máximo de poder que o hardware dos computadores de hoje podem dar e fazer o que for possível para que os consoles atuais tenham uma experiência de jogabilidade similar.

Ela conseguiu? Sim, com louvor.

Enquanto isso, outro grande programador, Jhon Carmack disse justamente o contrário: "você pode desenvolver um jogo para PC e perder muito portando para os consoles ou criar o jogo tendo os consoles como foco e então aproveitar o PC para melhorar a resolução e texturas. Nós escolhemos a última opção".

Quem acertou? A DICE que desenvolveu o jogo baseando-se no hardware melhor ou a id que desenvolveu RAGE pensando nos consoles?

A resposta é fácil: DICE!

RAGE falhou em todos os aspectos: gráficos inferiores, texturas de baixa qualidade, bugs, tearing, stuttering, pop-in e vários outros defeitos provocados, principalmente, por uma adaptção pobre feita da versão dos consoles.

Já Battlefield 3 foi trabalhado para levar o máximo de itens dos PCs para os consoles, mostrando que é uma obra de arte, independente do hardware executado.

Características técnicas de Battlefield 3 e Frostbite 2

Dentre as características que podemos destacar está no uso do FXAA, um sistema de Anti-aliasing desenvolvido pela nVidia que tem menor impacto na imagem (não suaviza tanto quanto o MLAA), mas também degrada menos a performance do jogo.

Outro ponto foi o bem-vindo uso da física HAVOK para os vários efeitos.

Por fim, a tecnologia do motor gráfico Frostbite 2 criou um ambiente riquíssimo em detalhes e mesmo assim obteve um desempenho satisfatório, mesmo em equipamentos modestos para os dias de hoje.

Seria Battlefield 3 a prova que o PhysX da nVidia é uma farsa?

Vejam, esse seria o ponto mais controverso desse artigo-análise.

A engine Frostbite 2 não seria nada se não houvesse uma física capaz de calcular tudo o que ela demanda em matéria de destruição e objetos da tela. A solução encontrada foi o uso da física HAVOK, da Intel.

O que tivemos foi a demonstração que sem a exigência de um hardware dedicado mesmo assim você pode ter todos os tipos possíveis de efeitos. Estamos falando de tecido que balança com o vento, faíscas, folhas voando, fumaça volumétrica, objetos em movimento e cenários destrutíveis.

A melhor parte é que tudo isso sendo executado da mesma forma tanto em GPUs nVidia quanto em AMD. Bem diferente do PhysX que se você não tiver um hardware nVidia, o jogo mostrará somente mais do mesmo.

Quer a prova disso? Então veja esse vídeo em HD que mostra todo o poder da união Frostbite 2 com a HAVOK:


http://www.youtube.com/watch?v=-6H2F37ikQk

Você viu ali o jogo rodando num equipamento com a seguinte configuração:

Processador: Intel Dual Core E5700 3GHz
Placa-mãe: Asus P5G41T-M LX2/BR
Memória: 2GBx2 (4 GB) DDR3 1333MHz
Armazenamento: 1 HDD 320GB (SO) e 1 HDD 1TB (Jogos)
GPU: XFX Radeon HD 6850 1GB GDDR5
Monitor: LG 19" 16:10 resolução 1440x900

Ou seja, comprovadamente um equipamento considerado mediano nos dias de hoje.

Mesmo assim deu conta de executar todos os efeitos com maestria e qualidade. O jogo foi executado com configuração HIGH automaticamente.

Executando benchmark pelo FRAPS 3.4.7, o jogo apresentou o seguinte resultado em 60 segundos de teste na fase Operation Swordbreaker:

  • Frames mínimo: 13
  • Frames máximo: 64
  • Frames médio: 41
Então também cai por terra que o mesmo exige equipamento topo de linha para rodar bem em um computador, afinal de contas os consoles tem resolução HD (1280x702 pixels) e configuração similar a LOW do PC (o que ainda garante bons resultados).

Isso mostra que mesmo em HIGH o jogo obteve fotogramas acima dos 30 quadros por segundo no PC com capacidade técnica mediana.

Por isso torcemos para que o Mirro's Edge 2, da DICE, que pode ser lançado ano que vem não use a API de física PhysX da nVidia como o primeiro.

Alguém sabe me justificar o motivo pelo qual para ver efeitos do tipo, mas em menor quantidade do que Battlefield 3 mostrou, eu serei obrigado a ter uma GPU high-end ou uma segunda GPU dedicada da nVidia? Pois então, não achamos até agora nada que não demonstre que o PhysX não seja mais do que uma API cuja finalidade é alavancar vendas de produtos da nVidia.

Review do jogo

Agora vamos ao normal, os detalhes do jogo começando pelo modo campanha.

Primeiramente quero deixar bem claro que são hipócritas todos aqueles que dizem que a parte do interrogatório foi copiado de Call of Duty Black Ops! A EA tem outro jogo que tem um interrogatório como pano de fundo e é muito antes desse jogo. O seu nome é Black e foi feito pela Criterion, que colaborou em Battlefield 3.

Na verdade a campanha e a essência de Battlefield 3 lembra muito Black. Podemos dizer que o jogo é um "sucessor espiritual".

Graficamente o jogo está incrível, mesmo com os bugs de personagens que somem, alguns poucos stutterings e pop-ins que não chegam a incomodar.

O som é algo perfeito. Podemos dar a coroa de majestade para Battlefield 3 pelo excelente trabalho de som 5.1 cujo áudio baseado em armas verdadeiras foram usadas.

A jogabilidade já sofre um pouco com alguns bugs, como o mensionado "personagens que somem". Eu mesmo sofri com isso, pois cheguei em um ponto onde dependia dos outros integrantes da minha equipe, mas eles nunca apareciam. O jogo não prosseguia e nem me permitia voltar.

A diversão no modo campanha é muito boa. Não consigo concordar com quem critica esse modo. Afinal de contas, tem início, meio e fim. Não se perde e contem cenas de grande impacto visual e emocional.

No modo multiplayer o jogo mostra toda o seu poder. Com partidas de até 64 jogadores e mapas que se ajustam perfeitamente para 24, 32, 40, 50 ou 64 jogadores.

Alguns podem dizer que 24 jogadores para os consoles é pouco, mas eu joguei alguns mapas nessa quantidade e posso dizer que o ajuste foi muito bem feito, garantindo até mais diversão do que os 64 jogadores.

Resumindo, um dos melhores jogos dessa geração, em matéria de gráficos podemos dizer que é o melhor.

Veja várias capturas retiradas do jogo rodando no PC acima descrito:






















Só clicar nas fotos para ampliar.

Mas aí vem a pergunta: a DICE cumpriu tudo aquilo que ela prometeu naqueles vídeos antes do lançamento? SIM. Completamente.

Avaliação do Jogo

Gráficos: 10
Som: 10
Jogabilidade: 9
Diversão: 9
História: 8

Nota Final: 9.5